Estamos vivendo uma pandemia que traz muitas incertezas quanto a tudo. No ensino, as regiões estão vivendo realidades muito distintas. Em algumas cidades/ estados todas as etapas de ensino retornaram à modalidade presencial, em algumas nenhuma etapa retornou, enfim... os desafios e incertezas que conhecemos desde que tudo isso se iniciou em 2020.
A única certeza que temos, é a necessidade de se proteger do vírus e cuidar do corpo e da mente. Quando tudo isso irá terminar, também é uma incerteza. Por isso a necessidade de educar as crianças para que tenham o hábito de proteger-se, pois na Escola, todos os protocolos devem ser rigidamente respeitados. Uso de máscaras, higienização das mãos (que já era muito trabalhada nas escolas), uso de álcool em gel, necessidade de distanciamento social, enfim, todos os cuidados possíveis.
Nesse post, reuni algumas informações sobre o uso de máscaras para crianças, vídeos educativos e também atividades para serem trabalhadas em sala de aula. Espero que auxilie no trabalho de vocês e que Deus nos proteja.
Fonte da entrevista a baixo: https://portal.fiocruz.br/noticia/covid-19-especialista-do-iff/fiocruz-orienta-sobre-o-uso-de-mascaras-em-criancas
IFF/Fiocruz: A partir de que idade é recomendada a utilização de máscaras em crianças?
Alessandra Marins Pala: A princípio, o uso é para todos os maiores de dois anos, com exceção das crianças que usam chupetas. O acessório deve ser utilizado nas idas às consultas pediátricas e em locais onde há circulação de pessoas, lembrando que deve ser usado com cuidado e sob a supervisão de um adulto. Vale ressaltar que o ideal é que as crianças e os adolescentes fiquem em casa, evitando ambientes como: supermercados, farmácias entre outros em que haja trânsito de pessoas. Como as crianças costumam passar as mãos em vários objetos e as levam aos olhos, boca e nariz, é importante ensiná-las a não tocar essas regiões sem a devida higienização das mãos.
IFF/Fiocruz: Com que idade a criança pode manipular a colocação e retirada da sua própria máscara?
Alessandra Marins Pala: A partir dos 6 anos a criança já poderá auxiliar neste procedimento, mas deve ser sempre monitorada por um adulto.
IFF/Fiocruz: Como deve ser a adaptação das máscaras em crianças? Quanto tempo deve durar a sua permanência nesse período?
Alessandra Marins Pala: A máscara deve ser apresentada à criança de forma lúdica. A colocação e a retirada do acessório devem ser feitas em forma de brincadeira, criando jogos e desafios que as motivem. Podem ser utilizados brinquedos (bonecas/bonecos) da própria criança para ensinar o uso correto do acessório. Elas devem participar da escolha das máscaras, que podem ser decoradas com os seus personagens favoritos ou com motivos infantis que as agradem. Além disso, é importante que os adultos deem o exemplo, pois os pequenos aprendem através deles. Os adultos devem demonstrar alegria em colocar as máscaras e evitar reclamações. O seu uso pode ser comparado a higienização das mãos, como algo que se faz para se manter seguro. As falas devem ser adaptadas ao vocabulário e à faixa etária de cada criança. Por exemplo, o adulto pode explicar que existe um “bicho malvado” que "faz dodói" e que as máscaras são o “escudo de super-herói” que protege as pessoas contra ele.
IFF/Fiocruz: É possível uma criança maior se sufocar com a máscara? Se isso acontecer, quais são os sinais de alerta e como ajudá-la?
Alessandra Marins Pala: Em crianças saudáveis maiores de dois anos o risco é muito pequeno, pois elas já têm coordenação motora e capacidade de reação que permite a elas retirar a máscara rapidamente, caso se sintam desconfortáveis. De qualquer forma, crianças abaixo dos seis anos não devem permanecer com máscara sem a supervisão de um adulto. Os sinais de sufocação são: dificuldade para respirar e cianose (lábios e extremidades dos dedos arroxeados). Caso isto ocorra, basta retirar a máscara que a criança voltará a respirar normalmente.
IFF/Fiocruz: As máscaras caseiras são eficientes? Existe algum tecido específico para a sua confecção?
Alessandra Marins Pala: Pesquisas apontam que a utilização de máscaras caseiras impede a disseminação de gotículas expelidas do nariz ou da boca do usuário no ambiente, garantindo uma barreira física que auxilia na mudança de comportamento da população e diminuição de casos. Neste sentido, o Ministério da Saúde (MS) sugere que a população produza as próprias máscaras caseiras, utilizando tecidos que asseguram uma boa efetividade se forem bem desenhadas e higienizadas corretamente.
Os tecidos recomendados para utilização como máscara são, em ordem decrescente de capacidade de filtragem de partículas virais: tecido de saco de aspirador; cotton (composto de poliéster 55% e algodão 45%); tecido de algodão (como camisetas 100% algodão); e fronhas de tecido antimicrobiano. Devem ser evitados os tecidos que possam irritar a pele, como poliéster puro e outros sintéticos. Pode ser utilizado também o Tecido Não Tecido (TNT) sintético, cuja gramatura recomendada é de 20 a 40 g/m².
Para ser eficiente como barreira física, a máscara caseira precisa seguir algumas especificações simples. É preciso que tenha pelo menos duas camadas de tecido. Não precisa de especificações técnicas e uma recomendação de extrema importância: ela é de uso individual. Conforme recomenda a [Agência Nacional de Vigilância em Saúde] Anvisa, em documento recente, o importante é que a máscara seja feita nas medidas corretas e cubra totalmente a boca e o nariz e que esteja bem ajustada ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.
IFF/Fiocruz: Como deve ser feita a sua higienização?
Alessandra Marins Pala: Ao chegar em casa, antes de retirar a máscara da criança, os pais/responsáveis devem higienizar as mãos de todos com água e sabão (de preferência líquido), detergente ou álcool em gel 70%, secando-as bem. As recomendações do MS para a higienização das máscaras caseiras são: imersão da máscara em recipiente com água potável e água sanitária por 30 minutos (a proporção de diluição a ser utilizada é de 1 parte de água sanitária para 50 partes de água, por exemplo: 10 ml ou uma colher de sopa de água sanitária para 500ml de água potável); após o tempo de imersão, enxaguar em água corrente e lavar com água e sabão; após lavar a máscara, a pessoa deve higienizar as mãos com água e sabão; quando a máscara estiver seca, passar com ferro bem quente e acondicionar em saco plástico limpo; a máscara deve ser usada por, no máximo, duas horas e, quando estiver úmida ou visivelmente suja deve ser trocada imediatamente, independente do tempo de uso; caso a máscara caia no chão durante o uso, ela deverá ser substituída por outra limpa, imediatamente; é recomendado ter sempre máscaras de reserva na bolsa e, principalmente quando apresentar sinais de desgaste, deve ser inutilizada e nova máscara deve ser feita.